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Primeiro caso de suicídio assistido em cápsula na Suíça resulta na prisão de várias pessoas

  • Foto do escritor: isaias samuel
    isaias samuel
  • 26 de set. de 2024
  • 2 min de leitura

Promotores em Schaffhausen abriram processos criminais contra indivíduos acusados de 'induzir, auxiliar e instigar suicídio', de acordo com informações da polícia.


A polícia suíça prendeu várias pessoas após o uso pela primeira vez de uma controversa cápsula futurista, projetada para permitir que seus ocupantes cometam suicídio. As autoridades confirmaram as detenções nesta terça-feira (24), em meio a intensas discussões sobre o uso da tecnologia.

A polícia do cantão de Schaffhausen, na fronteira com a Alemanha, relatou que a cápsula conhecida como "Sarco" foi utilizada pela primeira vez em uma área florestal no município de Merishausen, na segunda-feira.


Promotores abriram processos criminais contra várias pessoas, acusadas de "induzir, auxiliar e instigar suicídio", conforme comunicado da polícia. Algumas prisões foram efetuadas, mas os detalhes sobre os detidos e a vítima não foram revelados.


Um porta-voz do grupo responsável pela cápsula, The Last Resort, informou que a falecida era uma mulher americana de 64 anos, que sofria de um sistema imunológico gravemente comprometido.


Willet foi a única pessoa presente no momento em que a mulher tirou a própria vida, conforme afirmou o porta-voz.


Em uma declaração emitida pelo grupo The Last Resort, Willet descreveu a morte como "pacífica, rápida e digna". O porta-voz também informou que a mulher passou por avaliações psiquiátricas antes de realizar o ato.


Apesar de rumores sobre quatro detenções, um porta-voz dos promotores de Schaffhausen recusou-se a confirmar o número exato ou fornecer detalhes adicionais.


A cápsula "Sarco", de design aerodinâmico, provoca a morte quando o ocupante libera gás nitrogênio em seu interior, diminuindo o oxigênio a níveis fatais. O dispositivo é uma criação de Philip Nitschke, médico australiano conhecido por seu trabalho em suicídio assistido desde os anos 1990.


A Suíça, com suas leis permissivas sobre o suicídio assistido, tornou-se um destino para quem busca essa prática. O The Last Resort afirmou que seu parecer jurídico validou o uso do "Sarco" no país. No entanto, a cápsula gerou controvérsia na mídia e levantou debates entre as autoridades suíças sobre sua legalidade.


Elisabeth Baume-Schneider, ministra da Saúde da Suíça, declarou que a cápsula não atende aos requisitos de segurança do produto e que o uso de nitrogênio não é compatível com as leis vigentes.

 
 
 

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