PRIMAVERA PROMETE NOVOS EXTREMOS CLIMÁTICOS NO BRASIL

A primavera de 2024, que começa neste domingo (22), promete trazer extremos de temperatura e períodos de tempo seco para grande parte do Brasil, de acordo com a meteorologista Maria Clara Sassaki, porta-voz da Tempo Ok.

Características de uma estação de transição

A primavera é uma estação de transição entre o inverno, mais frio e seco, e o verão, marcado pela umidade. Por isso, é comum que o clima apresente características de ambas as estações. Além das altas temperaturas, a primavera pode trazer pancadas de chuva típicas de fim de tarde, além de eventuais ondas de frio no início do período.

Saimos do inverno, que é seco e frio, e caminhamos para o verão, uma estação mais úmida. Essas transições, como na primavera e no outono, carregam elementos tanto da estação anterior quanto da que está por vir', explicou a especialista.

A previsão para a primavera indica temperaturas acima da média, com destaque para os meses de novembro e dezembro, quando podem ocorrer períodos de calor extremo, segundo a MetSul. Regiões como o norte do Sul, o Centro-Oeste e o Sudeste terão os maiores desvios positivos de temperatura, com vários dias de calor intenso. No sudeste do Rio Grande do Sul, a estação deve começar com temperaturas mais próximas da média, mas o calor será mais frequente a partir de dezembro. Para a maior parte do estado gaúcho, espera-se uma primavera significativamente mais quente do que o normal.

Previsão de chuvas

Um estudo alarmante realizado pela Universidade Federal de Alagoas (UFAL) aponta que a estiagem prevista para 2024 pode ser a mais severa já registrada no Brasil.

No entanto, Sassaki prevê que as chuvas possam voltar de forma mais consistente apenas na segunda metade da primavera.

“As primeiras pancadas vão ser muito isoladas, portanto, não ajudam a reverter essa condição de seca extrema, de solo muito seco, de umidade relativa do ar muito baixo agora neste início de estação”, alertou a especialista.

Por fim, a especialista em meteorologia indicou que as chuvas mais abrangentes e generalizadas devem se estabelecer apenas no final do ano, já próximo ao verão.

“É só quando estivermos mais perto do verão, mesmo lá pro final do ano, que aí sim a gente deve ter uma condição de chuvas um pouco mais abrangentes, mais generalizadas”, concluiu.