Harmonização facial em cadáveres viraliza nas redes: procedimento é permitido?
- isaias samuel
- 27 de set. de 2024
- 2 min de leitura
A harmonização facial em cadáveres pode parecer incomum, mas é um passo essencial na evolução da prática estética
Harmonização facial em cadáveres viraliza nas redes e levanta questões sobre ética e legalidade
Nos últimos meses, a técnica de harmonização facial em cadáveres ganhou grande visibilidade nas redes sociais, gerando debates sobre os limites éticos e a legalidade desse procedimento. Essa prática, realizada em corpos preservados por congelamento – chamados de "fresh frozen" –, tem sido usada por profissionais da área estética para treinar técnicas como preenchimentos faciais e aplicação de toxina botulínica. A ideia é simular o comportamento dos tecidos vivos, proporcionando um ambiente realista para o aprimoramento de habilidades sem os riscos associados ao tratamento em pacientes vivos. Embora a prática seja comum em cursos de medicina e estética avançada, seu caráter estético, mesmo que educacional, provocou controvérsias.
**Como a harmonização facial em cadáveres é feita?**
Cadáveres preservados em temperaturas controladas mantêm a elasticidade da pele e músculos de maneira muito semelhante aos de uma pessoa viva. Profissionais aplicam preenchimentos dérmicos e toxinas nesses corpos para estudar como os tecidos respondem, avaliando os efeitos das substâncias injetadas. O principal objetivo é o aperfeiçoamento técnico de cirurgiões e esteticistas, que podem desenvolver precisão em procedimentos estéticos e faciais. Esse ambiente oferece segurança para o erro, algo essencial em casos complexos, permitindo que os profissionais se preparem para atuar com maior confiança e habilidade em seus pacientes.
**A prática é legal?**
O uso de cadáveres para fins educativos é amplamente aceito e segue rígidos protocolos éticos. No entanto, o foco em procedimentos estéticos, como a harmonização facial, gerou reações mistas, especialmente entre o público que vê o uso de corpos humanos nesse contexto como desrespeitoso. Profissionais e especialistas defendem a técnica, argumentando que ela reduz complicações e aumenta a segurança em tratamentos futuros. Além disso, o aumento de vídeos sobre o assunto em plataformas como TikTok alimentou discussões sobre a ética do uso de cadáveres para fins estéticos. Apesar disso, os defensores da prática afirmam que todos os procedimentos seguem rigorosos controles éticos, e que o treinamento em cadáveres é um passo crucial para o avanço e segurança na estética moderna.
Enquanto o debate sobre ética persiste, a técnica de harmonização facial em cadáveres continua a ser um recurso valioso para o aperfeiçoamento de profissionais, preparando-os para realizar procedimentos com maior precisão em pacientes vivos.
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